
Como você sabe, no Brasil praticamente todos os produtos que temos acesso e que consumimos chegam até nós através das transportadoras, pelas rodovias que interligam vários pontos do país.
Portanto, nada mais lógico que muitos empresários e autônomos queiram aproveitar esse vasto mercado de transportes, visto que toda a população do país, de alguma forma, precisa ter acesso aos diversos tipos de produtos que consomem.
Com a atual conjuntura econômica associada ao alto número de concorrentes no mercado de transportes, para que cada empresa possa se manter e prosperar dentro desse mercado, se faz necessário o uso de ferramentas de gestão capazes de fornecer informações necessárias para tomadas de decisões assertivas e confiáveis.
Nesse sentido, é preciso estudar e entender todos os processos da empresa para atingir o objetivo maior e final de todas as empresas, ou seja, gerar lucros e prosperar.
Um dos processos bases para atingir tal objetivo, é entender a estrutura de custos da transportadora, pilar que irá atingir diretamente os resultados finais da empresa.
Propomos portanto neste artigo, uma introdução ao estudo dos custos de uma transportadora, esperando que você possa se beneficiar destas informações e tenha vontade de buscar mais conhecimentos nessa área, sempre mirando no grande objetivo final, o lucro.
Entenda os custos
Antes de tratarmos sobre os custeios e todos os outros assuntos que se relacionam de forma direta com as estruturas de custos da transportadora, precisamos antes entender o que são os custos e como eles são divididos:
Por definição, custo é todo gasto relativo ao serviço/produto utilizado para produzir ou prestar outros serviços. E podem ser divididos em custos fixos e custos variáveis.
CUSTOS FIXOS
Não se alteram em curto prazo e são atribuídos mesmo que a transportadora deixe de operar. Ocorrem de maneira independente ao deslocamento do veículo, ou produção da transportadora.
São custos relacionados a sistemas de informação, sistemas para rastreamento, depreciação de veículos, etc.
CUSTOS VARIÁVEIS
Se alteram de acordo com o nível de produção da transportadora, ou seja, são diretamente influenciados pela quantidade de operações realizadas.
Quanto mais o veículo trabalha ou quanto maior a produtividade, maiores são as variações dos custos. São despesas relacionadas a combustível, manutenção, etc.
Etapas para a estruturação dos Custos:
Identificação dos Custos;
Classificação (Fixo ou Variável);
Custos dos Itens;
Custo do Serviço Prestado.
1. Identifique os Custos
Agora que você já sabe a classificação inicial dos custos, é necessário identificá-los, a fim de mapeá-los para depois realizar os controles gerenciais. Nessa etapa, podemos ir elencando todos os custos que influenciam diretamente na prestação de serviço da transportadora. Exemplo:
• Depreciação
• Recursos Humanos
• Seguros (veículo, cargas)
• Impostos
• Custos administrativos
• Combustível
• Lubrificantes
• Pneus
• Pedágio
2. Faça a classificação dos custos
Após a identificação de todos os custos que envolvem o transporte, é necessário a classificá-los entre Fixo e Variável, levando em consideração os conceitos no início desse artigo. Exemplo:
- Custo Fixo X Custo Variável
- Depreciação X Combustível
- Recursos Humanos X Pneus
- Custos Administrativos X Lubrificantes
- Seguros X Manutenção
3. Relacione os valores individualmente
Assim que identificados e classificados, é necessário identificar o valor de cada custo, a fim de entender o quanto eles representam em valor na nossa cadeia de custos e quais ações podemos tomar para reduzi-los ou melhorar o desempenho da transportadora.
Separando os custos totais fixos e variáveis em tabelas, proporciona uma visão clara para onde recursos financeiros da empresa estão sendo direcionados.
Custos fixos são mensais, portanto, as estruturas de custos podem ser mensais, facilitando a identificação e o mapeamento desses custos.
– Custos variáveis (por dependerem da produção da transportadora) podem ser calculados em função da quilometragem dos veículos?
– Ou nos casos em que a transportadora não possui frota, podem ser calculados em função do faturamento total?
Como cada empresa pode possuir veículos diferentes (truck, carretas, etc) ou nem possuir veículos, é interessante ressaltar que para cada tipo de situação (com frota ou sem frota – 3º autônomos) a empresa conte com controles diferenciados, visto que os custos variáveis podem ser diferentes de acordo com cada tipo de veículo/empresa.
Portanto, ter uma planilha de custo para cada tipo de situação irá proporcionar uma visão mais estruturada dos custos envolvendo o transporte com cada tipo de situação, o que no final pode resultar em ações para diminuição ou otimização dos custos envolvidos com o transporte com determinado tipo de situação.
4. Saiba quanto custa seu serviço
Com todos os custos estruturados e sabendo o quanto esses custos representam para a empresa, é possível calcular o custo do valor do serviço prestado, item que servirá de base para formação dos preços, uma eventual renegociação com os clientes ou ações para redução de gastos com os custos.
Há ainda, outros fatores que podem influenciar nos custos dos serviços prestados, que no final, devem ser levado em consideração, para que a transportadora não fique no prejuízo:
• Facilidade de manuseio com o produto, ou seja, a facilidade de carregar e descarregar, o que diminui tempo, representando ganho para a empresa.
• Facilidade de acomodação, ou seja, quanto mais irregular for a forma dos produtos a serem carregados, mais difícil será utilizar o espaço do veículo de forma eficaz.
• Risco da Carga – produtos tóxicos, ou mesmo muito visados para roubos, aumenta o risco de transporte para a empresa.
• Sazonalidade, tem efeito direto na estrutura de custos.
• Trânsito – tempo parados em transito, horários específicos para coletas e entregas, acabam influenciando diretamente os custos das operações da transportadora.
Tenha todas as informações ao seu alcance
Com uma visão geral da estrutura de custos da transportadora, é possível identificar de maneira prática, onde a maioria dos recursos da empresa estão sendo empregados para realizar as operações da transportadora, dessa forma, é possível tomar ações que busquem reduzir os custos da empresa, possibilitando maximizar os ganhos e aumentar os lucros.
Além de poder contribuir com a formação de preços justos para o transporte e analisar a rentabilidade dos clientes.
Vale lembrar que neste material foram abordadas as principais questões que devem ser levadas em consideração para o controle dos custos do transportes. Visto que, dependendo do ramo de atuação da transportadora (grãos, perigosos, indústria, fracionado) as estruturas e as variáveis de custos podem variar.
Para tantas variedades e formas de controle, sugerimos a utilização de um sistema, que irá automatizar e garantir uma maior agilidade e confiança na apuração de resultados e estruturação do custos de transportes.
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